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O Envelhecimento Pode Ser Contagioso? O Que a Ciência Revela e a Alma Reconhece

  • 22 de ago.
  • 3 min de leitura
A ciência revelou que o envelhecimento pode ser contagioso entre células. Mas e quando pensamos no corpo, nas emoções e na neurodiversidade?  Ansiedade, depressão, tristeza, raiva e frustração também contaminam o viver  assim como pertencimento, escuta e cuidado podem espalhar vitalidade.
A ciência revelou que o envelhecimento pode ser contagioso entre células. Mas e quando pensamos no corpo, nas emoções e na neurodiversidade? Ansiedade, depressão, tristeza, raiva e frustração também contaminam o viver assim como pertencimento, escuta e cuidado podem espalhar vitalidade.

O envelhecimento sempre foi visto como um processo individual e inevitável: cada célula, cada órgão, cada corpo caminhando lentamente em direção ao seu próprio limite. Mas pesquisas recentes surpreenderam o mundo científico ao revelar algo inesperado: o envelhecimento pode ser “contagioso”.


Sim, você leu certo.

Não no sentido de uma doença que se transmite pelo ar, mas como um processo molecular e celular que se espalha no corpo e que nos convida a refletir profundamente sobre os ambientes onde vivemos e as emoções que cultivamos.



A descoberta científica


Pesquisadores da Coreia do Sul e dos EUA investigaram uma proteína chamada HMGB1, normalmente localizada no núcleo celular. Quando as células envelhecem ou sofrem estresse, essa proteína pode escapar para fora do núcleo e circular pelo sangue.


E o que acontece a seguir é impressionante:


Quando a HMGB1 aparece em sua forma reduzida, ela consegue induzir sinais de senescência (ou seja, envelhecimento) em células vizinhas que estavam saudáveis.


Isso significa que uma célula desgastada pode “contaminar” outra, propagando o processo de envelhecimento.


Em testes com animais, camundongos jovens injetados com essa proteína envelhecida apresentaram sinais de envelhecimento precoce em apenas uma semana.


Já em humanos, os cientistas perceberam que pessoas idosas apresentavam níveis muito mais elevados dessa proteína em comparação com adultos mais jovens.



O estudo mostra que o envelhecimento não acontece apenas dentro de cada célula isolada. Ele pode ser transmitido pelo sangue e pelo ambiente interno.


O que isso significa para nós?


Essa descoberta reforça algo que a psicanálise, a espiritualidade, a neurociência e a análise do comportamento já nos diziam:


O ambiente molda o corpo e a mente.


Assim como células envelhecidas aceleram o desgaste das saudáveis, ambientes carregados de estresse, violência, críticas e abandono apressam o envelhecimento emocional e físico.


É nesse ponto que entram dores como ansiedade, depressão, frustração, tristeza e raiva: estados emocionais que, quando repetidos, funcionam como pequenas doses de envelhecimento precoce.


Por outro lado, contextos de escuta, cuidado e reconexão podem nutrir vitalidade, retardar danos e reorganizar o campo interno.


Em outras palavras:

Se o envelhecimento pode ser contagioso, a vitalidade também pode ser.


A leitura terapêutica: o corpo aprende com os ambientes


Na prática clínica como psicanalista, neuropsicanalista e também terapeuta comportamental vejo diariamente como pacientes chegam com sintomas físicos que não nasceram apenas de suas células, mas também de seus ambientes de pertencimento.


Relações tóxicas que drenam energia.


Falta de escuta que gera adoecimento silencioso.


Traumas e exclusões que imprimem marcas na biologia.



Isso é ainda mais evidente em pessoas que convivem com neurodiversidade, como autismo, TDAH e superdotação, ou com condições emocionais como bipolaridade.

Esses corpos e mentes, mais sensíveis e intensos, registram de forma muito mais profunda os impactos dos ambientes hostis.


Mas também vejo o contrário:


Quando alguém encontra escuta verdadeira, o corpo relaxa.


Quando a alma se sente pertencente, o sistema nervoso se reorganiza.


Quando a vida encontra um campo de cuidado, os sinais de vitalidade se espalham.


O corpo se contagia não apenas de doenças, mas também de esperança.


O Método S.E.R.: uma resposta de vida


O Método S.E.R. (Sentir, Escutar, Reorganizar) não nasceu em laboratórios, mas da minha vivência real como mulher autista, superdotada, altamente sensível, filha e mãe atípica e da caminhada clínica na psicanálise, neuropsicanálise, terapias integrativas e comportamentais.


O S.E.R. é um caminho de reorganização porque:


Sentir: é reconhecer as mensagens do corpo e da alma, sem negar ou anestesiar.


Escutar: é dar lugar às emoções, dores e histórias que nunca tiveram espaço.


Reorganizar: é abrir novas rotas para que a vida encontre expansão e pertencimento.



Por isso, quando leio estudos como o da HMGB1, sinto confirmação: a ciência e a clínica estão dizendo a mesma coisa em linguagens diferentes.

O ambiente contamina, mas também cura.


Conclusão: qual contágio você escolhe?


O estudo da HMGB1 nos lembra que o envelhecimento não é apenas cronológico. Ele pode ser acelerado ou retardado pelos sinais que circulam em nosso corpo e pelos ambientes que nos cercam.


A pergunta que fica é: em que ambientes você está permitindo que seu corpo aprenda a envelhecer ou a florescer?


Na Comunidade SER, acreditamos que o cuidado também é contagioso.

Aqui, cada escuta, cada encontro e cada reorganização são sementes de vitalidade compartilhada.

Com amor Cris Fernandes e Equipe Ser



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