O Invisível que Dói: Neurodiversidade Feminina Não Reconhecida
- 10 de mai.
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A neurodiversidade feminina permanece um território ainda pouco explorado pela ciência e pela sociedade. Milhares de mulheres percorrem suas vidas sendo rotuladas como "dramáticas", "intensas", "desorganizadas" ou "difíceis", quando na verdade carregam cérebros extraordinariamente complexos e únicos.
Mulheres autistas nível 1 (anteriormente chamado de Asperger), com altas habilidades/superdotação, TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) ou alta sensibilidade frequentemente permanecem sem diagnóstico até a idade adulta - ou jamais o recebem. Isso ocorre porque os critérios diagnósticos foram historicamente desenvolvidos com base em perfis masculinos, ignorando as manifestações tipicamente femininas desses estados neurológicos.
Muitas delas são autistas nível 1, superdotadas, com TDAH, sensíveis em excesso e presas em um corpo doente.
Este não reconhecimento provoca consequências devastadoras. Sem compreender sua própria natureza neurológica, estas mulheres frequentemente desenvolvem mecanismos de mascaramento (também conhecido como camouflaging) tão sofisticados que se tornam invisíveis até para si mesmas.
Esta constante negação da própria natureza cria uma pressão interna que, segundo especialistas como Dr. Gabor Maté, eventualmente encontra expressão através do corpo físico.
Os shutdowns (desligamentos) e meltdowns (colapsos) emocionais em mulheres neurodivergentes tendem a ser silenciosos e internalizados, diferentemente das expressões mais explícitas observadas em homens.
Esta internalização constante contribui significativamente para o desenvolvimento de condições físicas crônicas, enquanto seus cérebros potentes permanecem aprisionados em um sistema que não foi projetado para acomodá-los.
O cuidar e desenvolvimento faz parte do autoconhecimento, respeitando a si e suas nuances.
Existimos e não somos poucas, pertencer é existir!
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